quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Open Mind or not Open Mind?

Às vezes no MSN também acontecem conversas interessantes. Uma das últimas conversas leva-me a pensar se tem a mentalidade mais retrógrada aquele que condena os ideais de uma maior liberdade social, ou se por outro lado, aquele que usando dessa liberdade a quer impor aos outros como uma verdade absoluta. Tenho para mim que a liberdade é o maior dos valores que o ser humano pode ter, mas não será também verdade que a minha liberdade tem fronteira onde começa a liberdade do outro? Tenho convicção que sim, e por isso, apesar da minha conduta swinger, liberal, seja lá o que for e os nomes que lhe colocam, jamais a tentaria impor como verdade absoluta e achar que todos deveríamos ser swingers, liberais, seja lá o que for. Fico danado quando sei que alguém não aceita as minhas escolhas pura e simplesmente porque não, sem que as minhas escolhas interfiram com a liberdade de alguém ou prejudiquem a realidade dos que me rodeiam. Não visto máscaras perante ninguém, e hoje em dia, apesar do percurso difícil, os meus pais, irmãos, amigos, colegas e conhecidos conhecem a minha realidade e não tenho de esconder de ninguém aquilo que faço e o modo como vivo se não estiver a fazer mal a ninguém. Também não sou adepto de andar por ai a fazer questão de anunciar aos quatro ventos que sou swinger, assim sem mais nem menos, apenas porque me apetece e sem qualquer fundamento útil. Quando em plena tv fui mais a minha mulher falar sobre o swing e sobre os ideais liberais, tinha o pleno fundamento de ajudar a abrir as mentalidades, de ajudar a ultrapassar barreiras e de dar a conhecer os nossos pontos de vista a uma sociedade ainda muito fechada e pouco dada a uso das suas liberdades individuais, sempre subjugados à liberdade dos outros. Existe um país inteiro que se esconde de si mesmo, homens e mulheres cheios de desejos recalcados, e nem por isso teriam de ser swingers para provar o contrário. Pelo contrário, nunca foi ideia do nosso livro ou das nossas poucas aparições públicas impor o swing a ninguém. A minha verdade não tem de ser uma verdade absoluta nem as minhas escolhas têm de ser a escolha do meu próximo, ou estaria a fazer o mesmo que a sociedade me fez durante anos, que foi impor a sua realidade como uma realidade absoluta e incontornável. A verdade é só uma: nem todos gostam da ideia de ser swinger, nem todos escolhem uma conduta homossexual, nem todos apreciam um amor para toda a vida, nem todos gostam de mulheres magras, nem todas gostam de homens de olhos verdes. Todos temos gostos, motivações e emoções diferentes e a liberdade está em usufruir em pleno das nossas escolhas respeitando a liberdade do próximo sem impor a nossa realidade. Não gosto de estereótipos do tipo homossexual, bissexual, heterossexual e até metrossexual. Assim como não aprecio propriamente as definições de swinger, liberal, libertino, etc. Temos uma mania muito feia de catalogar tudo por nomes e etiquetas de julgamento, e não percebemos que cada pessoa tem a sua própria forma de estar, ser e viver, com as suas escolhas, opções, ideais e ideias e não se pode catalogar a sensatez, personalidade, inteligência de alguém com base nessas etiquetas estereotipadas. Por todas estas e outras razões que muito provavelmente são inúmeras, continuo a frisar que se é verdade que a liberdade é o maior dos valores, também o é que a minha liberdade não deve ser imposta a ninguém e é por isso que confesso que me incomodam os discursos do “tens que experimentar”, “tens de abrir a tua mente e fazer como eu”, etc, sem se lembrarem que os discursos deviam ser mais do tipo “tens de experimentar se achares que é algo que te agrada”, “tens de abrir a tua mente e fazer como eu se achares que o que te prende são as regras impostas pela sociedade”. Porque senão, seremos tão retrógradas quanto aqueles que não aceitam as nossas escolhas! Just my opinion!!!

Abreijos...

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