terça-feira, 29 de dezembro de 2009

...

Há olhares, palavras, gestos e atitudes em ti que traduzem receio de que eu possa ser algum tarado, algum tipo com problemas que optou por uma vida liberal apenas e só porque tem algum trauma de infância e agora te quer ter à força… Ou se achares que se enquadra melhor no que estás a pensar, comer-te à força! Enganas-te… Adoro brincar, picar, entreter, seduzir, alegrar, fantasiar e imaginar, mas se há algo que detesto fazer é forçar, pressionar. Nem tão pouco sou um tipo de taras, não tenho vício algum de que me possam acusar. Faço sexo como fumo um cigarro ou bebo um copo com um amigo. Por prazer, não por vício. Perguntam-me às vezes como é possível o maço dos cigarros chegar a durar-me três semanas. Porque deixava de me saber bem o cigarro se o fumasse simplesmente por vício. Deixava de estar o cigarro ao meu dispor para estar eu ao dispor do cigarro. Assim, como não bebo copos todos os dias e a toda a hora, porque consigo descobrir o prazer de tomar um copo em boa companhia se assim for. Tenho exactamente a mesma atitude perante o sexo. Sou liberal, não por ser tarado e por querer ter muito sexo, mas porque o facto de ser liberal me proporciona conhecer muitas facetas do sexo. O prazer não está em repetir as coisas vezes sem conta e até à exaustão, mas em conseguir tirar o máximo partido de um determinado momento, principalmente quando se tratam de novas experiências. O ser liberal permite-me conhecer várias formas diferentes de viver o sexo e é aí que está a beleza de o ser. Não está nem nunca esteve no facto de depender do sexo. Gosto de sexo, gosto imenso de sexo, mas de maneira alguma sou dependente ou viciado em sexo. Só gosto mesmo de sexo, se o sexo estiver bem para mim naquele determinado momento. Posso passar dias ou semanas sem qualquer experiência sexual sem que isso me afecte os neurónios ou a psique emocional e motora. Mas também posso passar horas e dias seguidos a desfrutar algo porque acho que devo viver todo o potencial que aquele momento me está a proporcionar, se isso acontecer de uma forma natural e resultado de diferentes impulsos que levaram àquele momento. Reconheço que não gosto muito de planos, regra geral tenho tendência a mudá-los à última da hora para tristeza dos organizados, sou um tipo de emoções, que vive os seus momentos com intensidade suficiente para surpreender a qualquer instante. No outro prato da balança, sou ainda alguém que convive estranhamente bem com a solidão, bem demais, ao ponto de a conseguir viver com toda a intensidade com que vivo os momentos mais enérgicos e adorar estar sozinho. Entendo até as defesas que de forma disfarçada lanças no ar, mas garanto-te que não serão sequer necessárias, viverei cada segundo sem planear sequer um minuto do que será estar contigo, sem estudar uma única forma de te seduzir, sem medo no entanto de te imaginar. E mesmo assim, sabe-se lá o que pode acontecer! Vais ficar a pensar nisso? Eu não… Amanhã, logo se vê!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário